

Demorou décadas, mas finalmente, nos anos 90, ele passou a receber oficialmente o nome Fusca estampado na tampa do motor, graças aos brasileiros.
Käfer, Coccinelle, Escarabajo, Maggiolino, Fusca, Beetle, Bug...
O Volkswagen Sedan é um daqueles automóveis que dificilmente passam sem despertar uma emoção - seja paixão ou até ódio.
Para alguns um projeto arcaico, para outros um projeto eterno, feito pra durar; o Fusca, feito a principio à pedido de Hitler a Ferdinand Porsche, o velho "beetle" foi nomeado Volkswagen, que como todos sabem, provem do idioma alemão e seu significado é "Carro do Povo".
Depois foi nomeado "Volkswagen Sedan", e partindo de um apelido nascido no Brasil, acabou sendo nomeado oficialmente aqui no Brasil como "FUSCA".
Outro nome que quase pegou aqui no Brasil, foi o "bezouro" ou "bezourão", como os brasileiros o chamavam no início de sua aparição. Este nome não pegou, mas serviu para ele ser chamado de "Beetle" (besouro em inglês) em alguns outros países.
Como bons fuscamaníacos, tentaremos relatar um pouco da história do FUSCA, embora não ter vivido brilhante época, época que fez do Fusca um candidato ao carro do século.
Inicio da década de 30. Ferdinand Porsche desenvolveu um projeto na sua própria garagem, em Stuttgard, Alemanha.
O primeiro projeto do Fusca, era equipado com um motor dois cilindros, refrigerado a ar, que tinha um rendimento absurdamente péssimo.Inicio da década de 30. Ferdinand Porsche desenvolveu um projeto na sua própria garagem, em Stuttgard, Alemanha.
Criaram o motor quatro cilindros, opostos dois a dois , chamado de Boxter,também refrigerado a ar, com suspensão independente dianteira, que funcionavam através de barras de torção.
Foi um projeto ousadamente revolucionário, pois até então os carros da época eram feitos com motores refrigerados a água e suspensão que em sua maioria usavam feixe de molas (tipo suspensão de caminhões) ou molas helicoidais.
Lançado oficialmente em 1935, pelo então projetista Ferdinand Porsche, o Volkswagen podia ser comprado por quase todos, ao preço de 990 marcos, e era equipado com motor refrigerado a ar, sistema elétrico de seis volts, câmbio seco de quatro marchas, que até então só se fabricavam carros com caixa de câmbio inferiores a 3 marchas.
Daí, as evoluções foram constantes.
Sistema de freios a tambor, caixa de direção tipo "rosca sem fim", evoluções estéticas como quebra vento, lado abertura da porta (no início a porta abria do lado oposto), saída única de escapamento, estribo, entre outras.
Em 1936, já reformulado, com bastante semelhanças com o Fusca de hoje, o Volkswagen era equipado com duas pequenas janelas traseiras, em 1937 existiam 30 outros modelos sendo testados na Alemanha. E a partir de 1938, iniciou-se a construção, em Hanover de uma fábrica a qual o Volkswagen seria construído na forma de fabricação em série.


Seus projetistas, ninguém sabia por onde andavam, e de suas versões militares ninguém mais precisara, por pouco não foi o fim do Volkswagen.
Até um major inglês redescobrir o Volkswagen. Ivan Hirst, resolveu "adotar" o velho Volkswagen, entre os escombros da antiga fábrica, a versão original do VW passou a ser reaproveitada.
Retomada sua fabricação, o Volkswagen passou a ser utilizado em serviços de primeira necessidade, escassos naquela época, como correio, atendimento médico, etc.
Em 1946, portanto um ano depois, já existia 10 mil volkswagens sedans em circulação.
Em 1948 existiam 25 mil, sendo 4.400 para exportação. Em 1949 o Fusca já teria seu próprio mercado nos EUA.
A chegada ao Brasil

Os planos da VW ganharam novo impulso quando, em junho de 1956, o governo brasileiro criou condições para instalar no Brasil a indústria automobilística, fixando as bases para o rápido desenvolvimento do setor. No mesmo ano, a Volkswagen decidiu construir sua fábrica em São Bernardo do Campo (SP). Já em 2 de setembro de 1957, produzia a Kombi, o primeiro VW fabricado no Brasil, com 50% de suas peças e componentes produzidos no país.
Lançado em 3 de janeiro de 1959, o Fusca rapidamente tornou-se sucesso de mercado (o Brasil produziu e vendeu 3,3 milhões de Fuscas), numa época dominada pelos grandes automóveis importados. A empresa iniciou um profundo trabalho de desenvolvimento de fornecedores e, em fins de 1961, o índice de nacionalização do Fusca e da Kombi já era de 95%.
Fonte: www.vw.com.br


Em 1951, havia duas janelas repartidas na parte traseira, embora continuar sem os "quebra-ventos". Mas em 1953, o fusca surgia com "quebra-ventos" nas janelas laterais, e a partir da segunda série deste ano a janela traseira se resumia a uma única, em formato oval. Neste mesmo ano o fusca começou a ser montado no Brasil.
Em 1959 o Fusca começou a ser fabricado no Brasil.





Carinhosamente apelidado de "Fuscão". Para essa versão, o fusca também recebeu uma barra compensadora no eixo traseiro, para finalidade de maior estabilidade. Esteticamente o capô do motor ganhou aberturas para maior ventilação, novas lanternas, cintos de segurança. Como opcional o fusca tinha freios a disco na dianteira.

Nunca vendeu tanto fusca no Brasil como no ano de 1974.
O fusca teve uma produção de 239.393 unidades somente em 1974. Comparado a produção de 1969 que era de 126.319, foi um impressionante salto nas vendas. Tudo provava o absoluto sucesso do Fusca. E também nessa época que surgiu o Fusca com motorização 1.600-S que rendia 65 cv(SAE)com dupla carburação.
As mudanças mecânicas para esse ano eram o eixo dianteiro com bitola mais larga e a mudança estética foi o maior pára-brisa para as versões 1.300 e 1.500.
Em 1975, a linha VW foi ampliada com a chegada do novo motor 1.300, versão 1.300-L e o modelo 1.600 passou a ter a alavanca de câmbio mais curta e filtro de ar do carburador de papel. Outras alterações também vieram, como painel, espelhos retrovisores, e outras (estéticas).
Em 1978 o bocal do tanque de combustível passou a ser do lado externo do carro, e não dentro do porta-malas como mostrava-se até então.
Em 1979 as lanternas traseiras ganharam nova forma, e pelo seu grande tamanho, esta versão do fusca, a partir desse ano foi apelidado de "Fuscão Fafá". Após quatro anos sem mudanças, em 1983 o "Super-Fuscão" desaparece. Adotaram o nome oficial de "FUSCA". Com algumas poucas inovações como caixa de câmbio "Life-Time"(dispensa troca periódica de lubrificante), ignição eletrônica nos modelos a álcool, bomba de combustível com proteção anti-corrosiva, válvulas termopneumáticas nas entradas dos filtros de ar (com a função de controlar a temperatura do ar aspirado para finalidade de melhorar a queima da mistura).

Mais foi no ano de 1986 que (temporariamente) acaba-se a carreira do Fusca. Embora o México não parar de produzi-lo, no Brasil sua linha de montagem chegara ao fim. Até que em 1993 por pedido do então presidente do Brasil, Itamar Franco, o Fusca volta novo de novo, como nesses seus 60 anos muito bem vividos.

Quando todos não acreditavam no sucesso do relançamento do Fusca, as vendas foram mais que animadoras. Chegou a produzir mais de 40 mil novos Fuscas. Até sua oficial parada de fabricação anunciada em Julho/1996 o fusca deixou mais fãs por seu rastro.

Com estofamentos do Pointer GTI, desembaçador traseiro, faróis de milha, painel com fundo branco, vidros verdes (75% transp.) esta foi a série de gala do querido carrinho. Mais uma vez nosso querido fusquinha cumpre seu papel, um sucesso de vendas e de mercado. Embora no México ainda ser fabricado até hoje sem interrupções.

E assim temos um exemplo de um projeto que alcançou o completo sucesso, e por trás dele um gênio imortal, um Mito: Ferdinad Porsche.
Fonte:www.fuscaclube.com.br





Herby, o fusca personagem de vários filmes.



















































Derivados do Fusca: Variant, a perua com o mesmo chassi, câmbio e motor do Fusca; VW 1600, o sedan da Variant, recebeu o apelido de Zé do Caixão; o Karman Ghia, cuja fábrica de mesmo nome fica ao lado da VW de São Bernardo do Campo, utilizava (como muitas) o chassi, câmbio e motor do Fusca sob uma outra carroceria, e mais tarde seria lançado outro modelo, o Karman Ghia TC.
Há ainda outros modelos de automóveis da VW derivados do Fusca que não estão na foto acima, bem como automóveis de outras marcas que utilizavam a estrutura fornecida pela VW.
Kombi: Um dos primeiros modelos: um furgão simples, de estilo singular e muito parecido com os que ainda vemos nas ruas
"O maior Volkswagen para grandes famílias e pequenas festas": chamada nos EUA de VW Station Wagon, a Kombi apostava em sua vocação para o lazer
Batizado com o nome da capital do Brasil, o robusto
Volkswagen Brasília fez sucesso de Norte a Sul
A frente mais baixa e agressiva, com quatro faróis circulares, foi adotada na Variant e no TL a partir de 1971, conferindo um "ar de família" entre esses modelos e os posteriores Brasília e Variant II
Projeto europeu de 1966, o fastback TL substituiu o 1600 de quatro portas, mas logo sofreu concorrência do Passat, que oferecia projeto muito mais moderno em um formato semelhante
O TL de quatro portas procurou atender aos taxistas e às poucas famílias, na época, que viam nesse tipo de veículo a conveniência e praticidade hoje largamente aceitas pelo mercado

Há ainda outros modelos de automóveis da VW derivados do Fusca que não estão na foto acima, bem como automóveis de outras marcas que utilizavam a estrutura fornecida pela VW.

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"O maior Volkswagen para grandes famílias e pequenas festas": chamada nos EUA de VW Station Wagon, a Kombi apostava em sua vocação para o lazer

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A frente mais baixa e agressiva, com quatro faróis circulares, foi adotada na Variant e no TL a partir de 1971, conferindo um "ar de família" entre esses modelos e os posteriores Brasília e Variant II
Projeto europeu de 1966, o fastback TL substituiu o 1600 de quatro portas, mas logo sofreu concorrência do Passat, que oferecia projeto muito mais moderno em um formato semelhante

O TL de quatro portas procurou atender aos taxistas e às poucas famílias, na época, que viam nesse tipo de veículo a conveniência e praticidade hoje largamente aceitas pelo mercado


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